Neste experimento mostramos como
é possível fazer associações ou arranjos de
pilhas (geradores de energia) em circuitos elétricos e suas aplicações.
Contexto
Pilhas são um dos vários
tipos de geradores que podem fazer parte de circuitos elétricos.
Por exemplo, uma associação de pilhas que resulte numa diferença
de potencial (ddp) de 12 Volts, tem o mesmo efeito que uma bateria de 12
Volts neste mesmo circuito, embora não tenha a mesma durabilidade.
Por causa desta equivalência
usamos neste experimento pilhas de 1,5 V ao invés de outro tipo
de gerador. Logo, ao ler pilha neste experimento, entenda que ela pode
ser substituída por outro gerador equivalente, até mesmo
uma usina.
O comportamento e os resultados
destes geradores num circuito elétrico muda de acordo com o tipo
de associação. Os dois tipos de associações
básicas são: a associação de pilhas em paralelo
e a associação de pilhas em série (veja as figuras
abaixo).
É uma idéia comum
que uma bateria de tensão constante, como uma pilha, libera para
qualquer tipo de circuito a mesma corrente elétrica. Ou seja, a
idéia é de que uma bateria libera uma corrente constante,
o que não é verdade. Na realidade uma bateria libera para
o circuito uma corrente apropriada, que depende da necessidade de cada
circuito.
Quando a combinação
é feita em paralelo temos que a tensão ou ddp entre os terminais
dos geradores é igual à tensão de cada pilha. Mas
a corrente elétrica que percorre o circuito é dividida entre
os geradores, de forma que a corrente elétrica total é a
soma das correntes que são liberadas por cada gerador. Já
na associação em série, temos que a corrente entre
os terminais dos geradores é igual à corrente de cada pilha.
Mas a tensão sobre o circuito é a soma das tensões
em cada gerador. Então não se engane: a corrente elétrica
fornecida por cada pilha é diferente nos dois casos.
Idéia do Experimento
Numa associação em
série, duas pilhas são conectadas de forma que o polo positivo
de uma se ligue ao polo negativo da outra e os polos da extremidade estão
livres para se conectarem ao circuito, como mostra a parte "Associação
em série" da figura abaixo.
Nesta associação,
a ddp é a soma do potencial individual de cada pilha ou seja, 3.0
V e a corrente total "it" fornecida ao circuito tem valor igual
às correntes que saem de cada pilha, nesta associação.
Numa associação em
paralelo, duas pilhas são conectadas de forma que o polo positivo
de uma se ligue ao polo positivo da outra e o mesmo acontece com os polos
negativos. E destes polos saem as pontas que se ligarão ao restante
do circuito, como mostra a parte "Associação em paralelo"
da figura abaixo.
Nesta associação,
a ddp resultante da associação é igual em valor da
ddp individual de cada pilha. A corrente elétrica total "it"
fornecida ao circuito é dividida entre as pilhas de forma que somando-se
a corrente que cada pilha fornece ao circuito se tem a corrente total consumida
pelo circuito.
Logo, estas associações
possuem características distintas. Numa temos uma soma de potenciais
e na outra um potencial constante. Ou seja, se num circuito for necessário
um potencial alto, associa-se pilhas em série e se num circuito
for necessário um longo período de funcionamento, associa-se
pilhas em paralelo.
Neste experimento o circuito foi
composto de duas pilhas idênticas de 1,5 V e uma única lâmpada
de 3 V. Como mostra a figura da Seção Esquema Geral de Montagem.
Se associarmos as pilhas em série
forneceremos à lâmpada um potencial de 3 V, e como a lâmpada
é de 3 V seu funcionamento será pleno e a intensidade da
luz emitida também.
Já se associarmos as pilhas
em paralelo e ligarmos à lâmpada de 3 V, esta associação
fornecerá metade do potencial exigido pela lâmpada e conseqüentemente
metade da corrente exigida para seu funcionamento normal. Com isso, a intensidade
da luz emitida será menor do que na associação em
série. Em compensação, a lâmpada ficará
bem mais tempo acesa.
Tabela do Material
Item
Observações
Um pedaço de fio condutor
Fio elétrico para conexão.
Pilha
Serão necessário 2 pilhas comuns,
de 1,5 Vcada.
Uma lâmpada de lanterna
De 3 V.
Montagem
Montagem em Série:
Una duas pihas de 1.5 V, prendendo-as
sobre uma mesa com fita adesiva de tal modo que o polo negativo de uma
esteja em contato com o positivo da outra, como mostra a Figura A.
Corte dois pedaços de fios
elétricos e desencape cerca de dois centímetros de cada extremidade.
Prenda com fita adesiva um fio
elétrico em cada um dos polos das extremidades da associação.
Ligue a extremidade livre de cada
fio elétrico nos contatos da lâmpada.
Montagem em Paralelo:
Una duas pihas de 1.5 V, prendendo-as
sobre uma mesa com fita adesiva de tal modo que suas laterais estejam juntas
e seus polos estejam voltados para o mesmo lado, como mostra a Figura B.
Corte dois pedaços de fios
elétricos e desencape cerca de dois centímetros de uma extremidade
e 4 centímetros da outra.
Prenda com fita adesiva a extremidade
mais desemcapada de um dos fios elétricos nos polos positivos da
associação. Prenda de modo que a parte desemcapada encoste
nos dois polos positivos da associação simultaneamente. Repita
o mesmo para os polos negativos da associação.
Ligue a extremidade livre de cada
fio elétrico nos contatos da lâmpada.
Esquema Geral de Montagem:
Projeto Experimentos de Física com Materiais do Dia-a-Dia
- UNESP/Bauru