O objetivo deste experimento é
mostrar a transformação da Energia Potencial Gravitacional
em Energia Cinética, ilustrando a Conservação da Energia
Mecânica.
Contexto
O Princípio da Conservação
da Energia diz que " a energia pode ser transformada ou transferida, mas
nunca criada ou destruída".
Em um determinado sistema mecânico,
em que formas de energia relacionadas a fenômenos eletromagnéticos
ou fenômenos térmicos não estão presentes, pode-se
dizer que a energia total do sistema é puramente mecânica.
Desse modo, o Princípio da Conservação da Energia
implica a conservação da energia mecânica. Esta, por
sua vez, é a soma das quantidades de energia potencial e energia
cinética. Embora a energia mecânica seja sempre constante,
a quantidade de cada uma de suas componentes pode sofrer variação,
de tal modo que a energia total permaneça constante.
Neste experimento podemos identificar
uma transformação de um tipo de energia em outro. Inicialmente
um objeto possui energia potencial gravitacional, que é a energia
de interação entre a massa do objeto com a massa da Terra.
Essa energia está armazenada no sistema Terra-objeto, e a energia
vai diminuindo à medida que o objeto e a Terra se aproximam. A energia
potencial gravitacional de um objeto, que é diretamente proporcional
ao produto da sua massa, da aceleração da gravidade (g) e
da sua distância vertical em relação a um ponto de
referência, se transforma em energia cinética do objeto,
que está associada ao seu movimento. A energia cinética é
diretamente proporcional à massa e ao quadrado da velocidade do
objeto.
Idéia do Experimento
A idéia do experimento é
mostrar que quanto maior a energia potencial gravitacional no início
do movimento de queda de um objeto, maior será sua energia cinética
ao final da queda. A quantidade de energia cinética poderá
ser avaliada através de um mecanismo de freamento do movimento do
objeto em queda.
Neste experimento, uma bolinha em queda
em um plano inclinado transfere sua energia mecânica para um copo.
Ao iniciar o movimento, a bolinha transforma sua energia potencial gravitacional
em energia cinética. Durante o movimento há diminuição
da energia potencial gravitacional e aumento da energia cinética.
Devido a conservação da energia mecânica, no final
do plano, toda a energia potencial gravitacional se transforma em energia
cinética. Parte desta energia é transferida para o copo que
se move e parte é transformada em energia térmica e sonora.
Neste caso o valor destas formas de energia chega ser desprezível.
Assim podemos supor que toda energia cinética da bolinha seja transferida
para o copo. Após a bolinha entrar em contato com o copo ela é
toda transformada em outras formas de energia. Por exemplo, em energia
térmica e sonora do barulho que o copo faz, dissipando assim a energia
cinética que recebeu da bolinha.
O atrito sobre o copo é praticamente
constante. E o copo necessita de uma quantidade fixa de energia cinética
para vencer uma distância fixa. Portanto, se o copo se desloca mais,
isto implica um recebimento maior de energia cinética.
O que se observa é que, quanto
mais alto estiver a extremidade do sistema de réguas de onde parte
a bolinha, mais energia potencial gravitacional a bolinha terá,
pois a energia potencial é função da altura. Isso
faz com que a bolinha adquira mais energia cinética ao rolar pelo
plano inclinado. Isto implica uma transferência maior de energia
para o copo, que percorre cada vez distância maiores até parar,
devido ao atrito com a superfície.
Tabela do Material
Ítem
Observações
copo plástico
Usamos um de 300ml.
2 tampinhas plásticas de refrigerante de
dois litros ou 600ml
Serão usadas para manter separadas as duas
réguas.
2 réguas de 30cm
Usa-se as duas réguas para formar a
rampa de rolamento do sistema.
fita adesiva
suportes
Qualquer material para elevação
do sistema de réguas: livros, cadernos, lápis, etc...
bolinha
bolinha de vidro
Montagem
Corte um quadrado de aproximadamente
3cm de largura por 6cm de altura junto à borda do copo plástico.
Fixe, com fita adesiva, as tampas plásticas
nas extremidades de uma das réguas, de modo que fiquem alinhadas.
Fixe a outra régua, horizontalmente,
sobre a outra face das tampinhas. Esta junção das duas réguas,
separadas pelas tampinhas, fica parecendo uma canaleta.
Para evitar que a bolinha ao rodar
pela canaleta abra as duas réguas, passe uma fita adesiva na parte
de baixo da canaleta, de tal modo que as réguas não possam
ser abertas.
Coloque o copo sobre uma das extremidades
da régua sendo que o final da régua deverá tocar a
face posterior do copo.
Levante a outra extremidade da régua
usando como suporte um lápis.
Coloque a bolinha de vidro no sulco
da régua, na parte de cima do suporte.
Libere a bolinha e observe o copo.
Repita o procedimento usando diferentes
suportes, que permitam diferentes alturas. Observe as reações
do copo.
Comentários
Se houver falha no experimento, verifique os seguintes aspectos:
a abertura no copo deve ter uma altura maior que a da bolinha sobre a rampa;
a face posterior do copo deve estar encostada no final da régua.
Esquema Geral de Montagem
Projeto Experimentos de Física com Materiais do Dia-a-Dia - UNESP/Bauru